Na atualidade, na sociedade em que estamos
inseridos, as pressões e imposições oriundas desse contexto, onde todo é rápido
e fluído demais, no noticiário diariamente divulga-se ocorrências de violência,
morte e roubos, e, independente de todo esse caos espera-se das pessoas que elas
tenham um bom desempenho, cria-se expectativas, isso pode originar os
transtornos de ansiedade.
Definido como uma emoção básica,o medo é fundamental
para o nossa sobrevivência ,pode ser discreto, está presente em todas as
idades, culturas, raças ou espécies, considerado uma adaptação, o medo varia de
acordo com uma perspectiva evolutiva e desenvolvimentista., podendo apresentar
desajustamentos nos extremos da distribuição, tanto na baixa como na alta
ansiedade, denominadas perturbações hipoansiosas e hiperansiosas. já, a ansiedade
é uma mistura de emoções, na qual prevalece o medo (Barlow, 2002 el at). Em determinadas fases de
desenvolvimento, de acordo com atividades que são típicas de cada etapa, por
exemplo, quando uma criança começa a caminhar, em torno de seis meses, pode iniciar-se
o medo de altura, variando a intensidade conforme a capacidade de adaptação
dessa criança para esta atividade, podendo então os medos aparecerem e
desaparecerem, de modo previsível, sendo este experenciado por todo ser humano.
A ansiedade apresenta-se de forma mais variável do que o medo, a ansiedade é como
um misto de emoções, que pode mudar ao longo do tempo ou então conforme as
situações desencadeadoras, sendo, dessa maneira, mais vaga, imprecisa e difícil
de definir. Quando ocorrida de modo habitual
e coerente com alguma reação é chamada de ansiedade traço, já quando é uma
reação diante de algum episódio ou situação
designa-se por ansiedade estado Sintomas como tristeza, vergonha , culpa, a ansiedade, pode
ser composta ainda por cólera, curiosidade, interesse ou excitação .
A fobia social por sua vez, vem da palavra
grega phobos, que equivale a um medo intenso e terror , ou seja, um temor
exagerado diante de determinadas situações
ou exposições sociais que podem demonstrar uma imagem negativa de si mesmo.
Neste
contexto, a fobia apresenta-se como um estado de angústia incontrolável expressado
em violenta reação de fuga relativamente persistente. Esta se manifesta no
medo, na inquietação diante de um perigo real ou imaginário onde,
eventualmente o perigo que é percebido não é condizente com a real situação, no
entanto, devido à percepção do indivíduo, os sintomas fóbicos são cada vez mais
reforçados.
Segundo o modelo cognitivo, as pessoas
que sofrem de fobia social estariam pré dispostas a interpretar uma situação
social de maneira apreensiva, em decorrência de suas crenças disfuncionais que possuem em
relação a si mesmo e da forma como devem agir nessas ocasiões. Dessa forma, essas
situações passam a ser evitadas , pelo comportamento de esquiva, reforçando as
crenças que o indivíduo tem de si mesmo, dos outros e do mundo.
Referências:
Barlow, D. H. Anxiety and its disorders. The nature and treatment of anxiety and
panic (2nd ed.). Nova Iorque: Guilford. 2002, tradução nossa.
Lemos, L.S; Mussoi, M. B. Os
fatores relacionados à fobia em crianças e as contribuições do brincar para o
seu tratamento. Mudanças –
Psicologia da Saúde, 18 (1-2) 20-29, Jan-Dez, 2010
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