quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Como diferenciar medo, ansiedade e fobia social?



Na atualidade, na sociedade em que estamos inseridos, as pressões e imposições oriundas desse contexto, onde todo é rápido e fluído demais, no noticiário diariamente divulga-se ocorrências de violência, morte e roubos, e, independente de todo esse caos espera-se das pessoas que elas tenham um bom desempenho, cria-se expectativas, isso pode originar os transtornos de ansiedade.
Definido como uma emoção básica,o medo é fundamental para o nossa sobrevivência ,pode ser discreto, está presente em todas as idades, culturas, raças ou espécies, considerado uma adaptação, o medo varia de acordo com uma perspectiva evolutiva e desenvolvimentista., podendo apresentar desajustamentos nos extremos da distribuição, tanto na baixa como na alta ansiedade, denominadas perturbações hipoansiosas e hiperansiosas. já, a ansiedade é uma mistura de emoções, na qual prevalece o medo (Barlow, 2002 el at). Em determinadas fases de desenvolvimento, de acordo com atividades que são típicas de cada etapa, por exemplo, quando uma criança começa a caminhar, em torno de seis meses, pode iniciar-se o medo de altura, variando a intensidade conforme a capacidade de adaptação dessa criança para esta atividade, podendo então os medos aparecerem e desaparecerem, de modo previsível, sendo este experenciado por todo ser humano. A ansiedade apresenta-se de forma mais variável do que o medo, a ansiedade é como um misto de emoções, que pode mudar ao longo do tempo ou então conforme as situações desencadeadoras, sendo, dessa maneira, mais vaga, imprecisa e difícil de definir. Quando ocorrida de  modo habitual e coerente com alguma reação é chamada de ansiedade traço, já quando é uma reação diante de algum episódio ou situação  designa-se por ansiedade estado Sintomas como  tristeza, vergonha , culpa, a ansiedade, pode ser composta ainda por cólera, curiosidade, interesse ou excitação .

A fobia social por sua vez, vem da palavra grega phobos, que equivale  a um medo intenso e terror , ou seja, um temor exagerado diante de determinadas  situações ou exposições sociais que podem demonstrar uma imagem negativa de si mesmo. Neste contexto, a fobia apresenta-se como um estado de angústia incontrolável expressado em violenta reação de fuga relativamente persistente. Esta se manifesta no medo, na inquietação diante de um perigo real ou imaginário onde, eventualmente o perigo que é percebido não é condizente com a real situação, no entanto, devido à percepção do indivíduo, os sintomas fóbicos são cada vez mais reforçados.
 Segundo o modelo cognitivo, as pessoas que sofrem de fobia social estariam pré dispostas a interpretar uma situação social de maneira apreensiva, em decorrência de  suas crenças disfuncionais que possuem em relação a si mesmo e da forma como devem agir nessas ocasiões. Dessa forma, essas situações passam a ser evitadas , pelo comportamento de esquiva, reforçando as crenças que o indivíduo tem de si mesmo, dos outros e do mundo.

Referências:
Barlow, D. H. Anxiety and its disorders. The nature and treatment of anxiety and panic (2nd ed.). Nova Iorque: Guilford. 2002, tradução nossa. 
Lemos, L.S; Mussoi, M. B.  Os fatores relacionados à fobia em crianças e as contribuições do brincar para o seu tratamento. Mudanças – Psicologia da Saúde, 18 (1-2) 20-29, Jan-Dez, 2010


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