Ao conceituar empatia, Lipps (1903), propôs um significado á
palavra alemã "einfühlung" , que seria, a percepção de um
gesto emocional que é emitido por alguém o qual
ativa diretamente a mesma emoção no observador, sem a interferência de
rotulação, associação ou tomada de perspectiva (Preston & de Waal, 2002 apud Falcone, 2008). A empatia
caracteriza-se por componentes cognitivos, afetivos e comportamentais. O fator
cognitivo indica a capacidade de perceber e entender com precisão os
pensamentos e sentimentos de outra pessoa, sem estar experienciando os mesmos
sentimentos desta. Já o componente afetivo da empatia, é demonstrado por um
interesse genuíno em atender às necessidades da pessoa alvo, sendo esta
refletida através de uma tendência a experimentar sentimentos de simpatia, de
compaixão e de preocupação com o bem estar da outra pessoa.(Falcone, 2008).Este
componente não implica em necessariamente estar vivenciando os sentimentos
dela, mas sim de um entendimento do que está sendo vivenciado por ela. O componente
comportamental que pode ser verbal e não verbal da empatia é essencial para que
a outra pessoa se sinta verdadeiramente compreendida , quando se refere a essa
habilidade como uma estratégia sensível de consolar. Através da expressão da
empatia , é possível compreender a profundidade da percepção do indivíduo que a
transmite.
Identificadas nas primeiras fases do desenvolvimento humano, e também
manifestando-se na vida adulta, a transmissão emocional ou a angústia pessoal
frente ao sofrimento dos outros compreende reações pré-empáticas, sendo considerada como uma habilidade social
que distingue as espécies humanas e não humanas, na medida em que somente nas
primeiras são identificados aspectos tais como tomada de perspectiva,
autoconsciência, consciência do outro, flexibilidade, reavaliação da emoção
(Decety & Jackson, 2004 apud Falcone,
2008).
Pode-se dizer, que a empatia
corresponde à capacidade de compreender, de forma precisa, e ainda compartilhar
ou considerar sentimentos, necessidades e perspectivas de alguém, expressando
este entendimento de tal maneira que a outra pessoa se sinta compreendida e
amparada.
Referências:
Preston, S. D. & de Waal, F.B.M. (2002). Empathy: Its ultimate and
proximate bases. Behavioral and Brain Sciences, 25, 1-72 in Falcone. E. Inventário de Empatia (I.E.):
desenvolvimento e validação de uma medida brasileira . Aval. psicol. v.7 n.3 Porto
Alegre 2008
Decety, J. & Jackson, P. L. (2004). The functional architecture of human empathy. Behavioral
and Cognitive Neuroscience Reviews, 3, 71-100 in
Falcone. E. Inventário de
Empatia (I.E.): desenvolvimento e validação de uma medida brasileira . Aval. psicol. v.7 n.3 Porto
Alegre 2008
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