quarta-feira, 22 de agosto de 2018

O que é empatia?

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Ao conceituar empatia, Lipps (1903), propôs um significado á palavra alemã "einfühlung" , que seria, a percepção de um gesto emocional que é emitido por alguém o qual  ativa diretamente a mesma emoção no observador, sem a interferência de rotulação, associação ou tomada de perspectiva (Preston & de Waal, 2002 apud Falcone, 2008). A empatia caracteriza-se por componentes cognitivos, afetivos e comportamentais. O fator cognitivo indica a capacidade de perceber e entender com precisão os pensamentos e sentimentos de outra pessoa, sem estar experienciando os mesmos sentimentos desta. Já o componente afetivo da empatia, é demonstrado por um interesse genuíno em atender às necessidades da pessoa alvo, sendo esta refletida através de uma tendência a experimentar sentimentos de simpatia, de compaixão e de preocupação com o bem estar da outra pessoa.(Falcone, 2008).Este componente não implica em necessariamente estar vivenciando os sentimentos dela, mas sim de um entendimento do que está sendo vivenciado por ela. O componente comportamental que pode ser verbal e não verbal da empatia é essencial para que a outra pessoa se sinta verdadeiramente compreendida , quando se refere a essa habilidade como uma estratégia sensível de consolar. Através da expressão da empatia , é possível compreender a profundidade da percepção do indivíduo que a transmite.
Identificadas nas primeiras fases do desenvolvimento humano, e também manifestando-se na vida adulta, a transmissão emocional ou a angústia pessoal frente ao sofrimento dos outros compreende reações pré-empáticas, sendo considerada como uma habilidade social que distingue as espécies humanas e não humanas, na medida em que somente nas primeiras são identificados aspectos tais como tomada de perspectiva, autoconsciência, consciência do outro, flexibilidade, reavaliação da emoção (Decety & Jackson, 2004 apud Falcone, 2008).
Pode-se dizer, que a empatia corresponde à capacidade de compreender, de forma precisa, e ainda compartilhar ou considerar sentimentos, necessidades e perspectivas de alguém, expressando este entendimento de tal maneira que a outra pessoa se sinta compreendida e amparada.
Referências:
Preston, S. D. & de Waal, F.B.M. (2002). Empathy: Its ultimate and proximate bases. Behavioral and Brain Sciences, 25, 1-72 in Falcone. E. Inventário de Empatia (I.E.): desenvolvimento e validação de uma medida brasileira . Aval. psicol. v.7 n.3 Porto Alegre 2008
Decety, J. & Jackson, P. L. (2004). The functional architecture of human empathy. Behavioral and Cognitive Neuroscience Reviews, 3, 71-100 in Falcone. E. Inventário de Empatia (I.E.): desenvolvimento e validação de uma medida brasileira . Aval. psicol. v.7 n.3 Porto Alegre 2008

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